sábado, 16 de agosto de 2014

Assunção de Nossa Senhora, a Mãe de Deus


Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus nos diz:  
41. Considerando que a Igreja universal - que é assistida pelo Espírito de verdade, que a dirige infalivelmente para o conhecimento das verdades reveladas - no decurso dos séculos manifestou de tantas formas a sua fé; considerando que os bispos de todo o mundo quase unanimemente pedem que seja definida como dogma de fé divina e católica a verdade da assunção corpórea da santíssima Virgem ao céu; considerando que esta verdade se funda na Sagrada Escritura, está profundamente gravada na alma dos fiéis, e desde tempos antiquíssimos é comprovada pelo culto litúrgico, e concorda, inteiramente, com as outras verdades reveladas, e tem sido esplendidamente explicada e declarada pelos estudos, sabedoria e prudência dos teólogos - julgamos chegado o momento estabelecido pela providência de Deus, para proclamarmos solenemente este privilégio insigne da virgem Maria. (42). Nós, que colocamos o nosso pontificado sob o especial patrocínio da santíssima Virgem, à qual recorremos em tantas circunstâncias tristes, nós, que consagramos publicamente todo o gênero humano ao seu imaculado Coração, e que experimentamos muitas vezes o seu poderoso patrocínio, confiamos firmemente que esta solene proclamação e definição será de grande proveito para a humanidade inteira, porque reverte em glória da Santíssima Trindade, a qual a virgem Mãe de Deus está ligada com laços muito especiais. É de esperar também que todos os fiéis cresçam em amor para com a Mãe celeste, e que os corações de todos os que se gloriam do nome de cristãos se movam a desejar a união com o corpo místico de Jesus Cristo, e que aumentem no amor para com aquela que tem amor de Mãe para com os membros do mesmo augusto corpo. E também é lícito esperar que, ao meditarem nos exemplos gloriosos de Maria, mais e mais se persuadam todos do valor da vida humana, se for consagrada ao cumprimento integral da vontade do Pai celeste e a procurar o bem do próximo. Enquanto o materialismo e a corrupção de costumes que dele se origina ameaçam subverter a luz da virtude, e destruir vidas humanas, suscitando guerras, é de esperar ainda que este luminoso e incomparável exemplo, posto diante dos olhos de todos, mostre com plena luz qual o fim a que se destinam a nossa alma e o nosso corpo. E, finalmente, esperamos que a fé na assunção corpórea de Maria ao céu torne mais firme e operativa a fé na nossa própria ressurreição.
43. E é para nós motivo de imenso regozijo que este fato, por providência de Deus, se realize neste Ano santo que está a decorrer, e que assim possamos, enquanto se celebra este jubileu maior, adornar com esta pedra preciosa a fronte da Virgem santíssima, e deixar um monumento, mais perene que o bronze, da nossa ardente devoção para com a Mãe de Deus.
Definição solene do dogma
44. "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
45. Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica.
46. Para que chegue ao conhecimento de toda a Igreja esta nossa definição da assunção corpórea da virgem Maria ao céu, queremos que se conservem esta carta para perpétua memória; mandamos também que, aos seus transuntos ou cópias, mesmo impressas, desde que sejam subscritas pela mão de algum notário público, e munidas com o selo de alguma pessoa constituída em dignidade eclesiástica, se lhes dê o mesmo crédito que à presente, se fosse apresentada e mostrada.
47. A ninguém, pois, seja lícito infringir esta nossa declaração, proclamação e definição, ou temerariamente opor-se-lhe e contrariá-la. Se alguém presumir intentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no ano do jubileu maior, de 1950, no dia 1 ° de novembro, festa de todos os santos, no ano XII do nosso pontificado.
 Eu PIO, Bispo da Igreja Católica assim definindo, subscrevi.


Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
No final de sua vida, no que a tradição chama de “dormição” de Nossa Senhora, contemplamos o dogma que: a Assunção de Maria. Ela foi levada ao céu após a sua peregrinação terrestre, onde levou a vida acolhendo a vontade do Pai, dizendo “sim” a Deus, mas também entre cuidados, angústias e sofrimentos. Por isso, segundo a profecia do santo velho Simeão, uma espada de dor lhe traspassou o coração, junto da cruz do seu divino Filho e nosso Redentor. Com a Assunção, se crê que o seu sagrado corpo não sofreu a corrupção do sepulcro, nem foi reduzido às cinzas aquele tabernáculo do Verbo Divino. Pelo contrário, os fiéis iluminados pela graça e abrasados de amor para com aquela que é Mãe de Deus e nossa Mãe dulcíssima, compreenderam, cada vez com maior clareza, a maravilhosa harmonia existente entre os privilégios concedidos por Deus àquela que o mesmo Deus quis associar ao nosso Redentor. Esses privilégios elevaram-na a uma altura tão grande que não foi atingida por nenhum ser criado, excetuada somente a natureza humana de Cristo.
São João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa grande tradição – que por motivações pastorais no Brasil é transferida para o primeiro domingo após o dia 15 de agosto –, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloquência: "Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade, conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor, de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus".
O Catecismo da Igreja Católica explica que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho, e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos" (966).A Assunção de Maria ocorre imediatamente depois de terminar a sua vida mortal e não pode ser situada no fim dos tempos, como sucederá com todos os homens, mas tem de considerar-se como um evento que já ocorreu. Ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida nesse mundo, foi elevada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos bem-aventurados, e com todas as qualidades e dotes próprios dos corpos gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação de Maria, na sua alma e no seu corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe tenha sido concedidas sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição.
O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria Santíssima já alcançou a realização final. Tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção nos cumprimentos das promessas de Deus. Também nós somos chamados a estar, um dia, com a Santíssima Trindade. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário para participar, um dia, do Reino definitivo.
Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido deixar transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é reconhecida pelo Criador. Quanto nosso mundo precisa caminhar e progredir para chegar a esse mesmo reconhecimento! 
A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora demonstra a delicadeza de Deus em preservar a Virgem Santíssima da corrupção do pecado original – seu corpo é elevado ao céu! Daí vem a dignidade do corpo humano, da vida humana. É para o cristão também um olhar para o seu destino final.
Neste tempo de tantas mudanças é importante que nos elevemos com Maria. Infelizmente, uma lei aprovada procurando coibir com toda a justiça a violência contra a mulher trouxe consigo outra grande violência: contra a vida. Nesse sentido, ao olhar para a Assunção de Maria nós pedimos a Deus que nos faça testemunhas do Ressuscitado em meio a tantos e complexos problemas que aparecem a cada momento. Urge nunca perder de vista a direção e fazer de tudo para que hoje, escutando a voz do Senhor, caminhemos procurando fazer Sua vontade.
Nossa Senhora da Assunção rogai por nós,

          





Oração a Nossa Senhora da Assunção.
Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos,
bem sabemos que, miseráveis pecadores,
não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas,
mas sabemos que a vossa grandeza
não vos faz esquecer a nossa miséria e,
no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir,
aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto desse trono em que reinais
sobre todos os anjos e santos,
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos;
vede a quantas tempestades e mil perigos
estaremos, sem cessar,
expostos até o fim de nossa vida.
Pelos merecimentos de vossa bendita morte,
obtende-nos o aumento da fé,
da confiança e da santa perseverança
na amizade de Deus, para que possamos, um dia,
ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes
às dos espíritos celestes,
para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu.
Assim seja!

          

segunda-feira, 14 de abril de 2014

TERÇO NOSSA SENHORA DAS DORES




Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.  

           As sete dores de Nossa Senhora
1.       A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
2.       A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3.       O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
4.       O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5.       O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
6.       Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7.       O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Nossa Senhora das Dores, mãe de todos os homens
Foi aos pés da Cruz, quando Maria viveu a sua dor mais crucial, que ela recebeu do Filho a missão de ser a Mãe de todos os homens, Mãe da Igreja (Corpo Místico), Mãe de todos os fiéis. Foi naquele momento de dor que Jesus disse a ela: Mãe, eis aí o teu filho (este filho está simbolizando a todos os fiéis). Foi nesse mesmo momento que Jesus disse a São João, que ali representava a todos nós: Filho, eis aí tua mãe. É por isso que a devoção a Nossa Senhora das Dores se reveste de grande importância para todos os cristãos.
O culto
O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria, uma ordem profundamente mariana.
Imagem de Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando assim origem à famosa escultura chamada Pietà.


                     TERÇO NOSSA SENHORA DAS DORES

Oração Inicial:

Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos méritos de Vossas Dores e lágrimas, a graça…(pedir a graça)

1ª Dor – Profecia de Simeão

Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

2ª Dor – Fuga para o Egito

O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

3ª Dor – Maria procura Jesus em Jerusalém

Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

4ª Dor – Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário

Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um homem de nome Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

5ª Dor – Maria ao pé da Cruz de Jesus

Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
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6ª Dor – Maria recebe Jesus descido da Cruz

Chegada à tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

7ª Dor – Maria deposita Jesus no Sepulcro

Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



ORAÇÂO FINAL: Dê-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a “Mãe das Dores", para que possamos participar de vosso sofrimento e Vós consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no Céu. Amém.

terça-feira, 25 de março de 2014

ANUNCIAÇÃO DE NOSSA SENHORA



 ANUNCIAÇÃO   DE  NOSSA SENHORA  
 

     Festa, 25 de março
 
  O Evangelista São Lucas quem nos narra o mais importante acontecimento  para a história da humanidade, a encarnação do Filho de Deus.
  “Inclinando-se respeitosamente diante da Santíssima Virgem, o Arcanjo São Gabriel disse-lhe: Ave Cheia de Graça, o Senhor é contigo (Luc.1,28). Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus; eis que conceberás e darás a luz um Filho, a Quem porás o nome de Jesus”.
    Então, pela ação do Espírito Santo Maria começa a gestar  Jesus em seu ventre, o Filho de Deus se faz homem no meio de nós. O mesmo Espírito Santo une a esse corpo uma alma humana e outra divina, portanto, na pessoa do Senhor Jesus Cristo se unem as naturezas divina e humana, isto é, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.
    Este fato, fez de Maria o primeiro sacrário da Eucaristia e por isso Ela recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação.
    A visita do Anjo à Virgem Maria diz Bento XVI, “marca o início de um novo tempo para o povo de Deus”.
    A Virgem Maria ao dizer SIM à vontade de Deus em sua vida Ela também aceita os sofrimentos, os sacrifícios que hão de vir. Por isso os devotos de Nossa Senhora da Anunciação pedem a sua intercessão junto a Cristo, nas suas aflições.
     Ela é modelo perfeito de obediência pela fé, é chamada verdadeiramente de Mater Dei, em latim, ou Theotokos, em grego, conforme definiu solenemente o Concílio de Éfeso, no ano de 431.
      Que Nossa Senhora da Anunciação interceda por nós e nos conceda a graça de seguirmos os caminhos de Jesus, Senhor e Salvador de nossas vidas.
      Nossa Senhora da Anunciação rogai por nós.
 

 
        ORAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO.
 
         Todas as gerações, vos proclamem bem-aventurada, ó Maria.
         Crestes na mensagem divina e em vós se cumpriram grandes coisas, como vos fora anunciado. Maria eu vos louvo! Crestes na encarnação do Filho de Deus no vosso seio virginal e vos tornastes Mãe de Deus.
         Que possamos comunicar com a nossa vida a mensagem de Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida da humanidade.
NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO ROGAI POR NÓS.
 
 
 
 
 NOVENA EM HONRA DA SANTA GRAVIDEZ DE NOSSA                                            SENHORA
 
(Para ser rezada durante 9 meses, todo dia 25, de 25 de março até 25 de dezembro; ou em qualquer época por 9 dias consecutivos)
 
-    Pelo sinal de santa cruz, livra-nos Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.
 
-   Oração ao Espírito Santo.
 
-  Rezar nove (9) ave-maria em honra de cada um dos nove (9) meses em que Jesus esteve no ventre de Nossa Senhora , acompanhadas das seguintes jaculatórias:  “Bendita seja a Santa Gravidez e a Imaculada Conceição da bem aventurada sempre Virgem Maria, mãe de Deus e nossa mãe”.
 
-   Oração:    “Abençoe, Senhor, nossa vida conforme a sua vontade. Abençoe os nossos familiares, abençoe aqueles que nos maldizem, abençoe aqueles que nos tem ofendido, abençoe os que amam sua casa, pois tudo se faz por Sua Vontade e não por vontade do ser humano. O Senhor nos conceda a graça do arrependimento, para não mais pecarmos e não desprezarmos o seu humano, mas para dizermos: Deus nos deu a reconciliação e nos revestiu do Corpo de Cristo. Amém!
 
 
O ANJO DO SENHOR:
Costuma-se recitar às 6,00 hs. – meio-dia  -  18,00hs.)
 
O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
E Ela concebeu do Espírito Santo.  Ave Maria, cheia de graça....
 
Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a vossa Palavra.   Ave Maria, cheia de graça...
 
O Verbo se fez carne.
E habitou entre nós.  Ave Maria cheia de graça...
 
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
Oremos:  Infundi, Senhor , como vos pedimos, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que pela anunciação do anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, por sua paixão e morte sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Amém.
 
 

quarta-feira, 12 de março de 2014

QUARESMA


Neste período são sugeridos momentos de reflexão, preparação, reconciliação, renovação e conversão. Podem ser quarenta dias ou quarenta anos, esse é o tempo mencionado em alguns trechos da Bíblia Sagrada onde se aguarda algo novo ou que um fato importante aconteça.
Citações bíblicas que definem o que é QUARESMA:

*Dilúvio - (Gênesis  8,6) No fim de quarenta dias, Noé abriu a claraboia que tinha feito na arca,

* O povo de Deus no deserto - (Deuteronômio 2,7) Porque Javé seu Deus abençoou você em todo o trabalho de sua mão. Ele acompanhou você na caminhada por esse grande deserto. Durante quarenta anos Javé seu Deus esteve com você, e a você nada faltou.

*Moisés no monte Sinai - (Deuteronômio 9,9)  Quando eu subi à montanha para receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que Javé fez com vocês, eu fiquei na montanha durante quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água.

*Elias andando até monte Horeb - (1 Reis 19,8) Elias se levantou, comeu, bebeu e, sustentado pela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Horeb, a montanha de Deus.

*Jonas em Ninive - (Jonas 3,4) Jonas entrou na cidade e começou a percorrê-la, caminhando um dia inteiro. Ele dizia: "Dentro de quarenta dias, Ninive será destruída!”.

*Jesus, conduzido pelo Espirito Santo através do deserto - (Lucas 4,2) Aí ele foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada nesses dias e, depois disso, sentiu fome.

O TEMPO de QUARESMA começa a partir da quarta-feira de cinzas e findado com as celebrações da quinta-feira santa. A QUARESMA antecede a Páscoa da Ressurreição de Cristo, nesses 40 dias avaliamos nossos atos e conceitos sobre nossa própria vida, a vida em família e a vida em comunidade, objetivando encontrar novas soluções e uma transformação interior, que possa nos aproximar mais de Deus.
Em todo o tempo Deus aguarda a nossa conversão, mas especialmente na QUARESMA, a Igreja convida os cristãos ao arrependimento de seus pecados e uma reconciliação sincera com o propósito de uma nova vida. Na certeza da misericórdia de Deus, vamos buscar o sacramento da reconciliação, jejuar, intensificar nossas orações, melhorar nossas atitudes, viver este período em comunhão perfeita, enquanto aguardamos a RESSURREIÇÃO DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Amém!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

NOSSA SENHORA DA CONFIANÇA - DIA 24 DE FEVEREIRO



MARIA MINHA MÃE, MINHA CONFIANÇA


Interessante é a história desta devoção, uma vez que a Mãe de Deus é o símbolo mais perfeito da confiança em Deus. E o modelo completo das virtudes a ser seguido por todos os cristãos que desejam alcançar a santidade e salvação em Cristo na vida eterna. 

A invocação de Nossa Senhora da Confiança foi introduzida na Igreja no século XVIII por uma mística católica chamada Irmã Clara Isabel Fomari, ingressou para a vida religiosa orientada por seu confessor, o jesuíta Crivelli.

Abadessa do mosteiro da cidade de Todi, na Itália, Irmã Clara Isabel deixou suas experiências registradas no livro "Relações místicas" conservado nesse mosteiro desde a sua morte em 1744. O livro mostra sua forte devoção pela Virgem e cita os numerosos prodígios atribuídos à sagrada imagem do quadro de Maria com o Menino Jesus, venerado por ela em sua cela. A vigorosa fé na Mãe de Deus e os dons místicos da religiosa propagaram entre a população local a invocação de Nossa Senhora da Confiança.

Em 1781 o sagrado quadro saiu do no mosteiro de São Francisco em Todi, atendendo ao pedido do sobrinho do padre Crivelli, também jesuíta. Padecendo de gravíssima enfermidade ele desejou se penitenciar diante da imagem de Nossa Senhora da Confiança, cuja devoção seu tio lhe transmitira. Ele se curou e em agradecimento mandou fazer uma cópia exata do quadro de sua celestial benfeitora.

A cópia da imagem o acompanhou à Roma, quando foi designado diretor espiritual para o Colégio Germânico que foi sede, por longo período, do Pontifício Seminário Romano Maior. O centro da divulgação da devoção de Nossa Senhora da Confiança, eleita padroeira do Seminário. 

A sede definitiva do Seminário, ficou pronta em 1917 e a nova capela foi dedicada à celestial padroeira. O Papa Bento XV, nessa solene ocasião, coroou Nossa Senhora da Confiança confirmando canonicamente seu título e o dia de sua festa, em 24 de fevereiro. (fonte: Portal Paulinas)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL





TRÍDUO DE NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO.

TERCEIRO DIA

      “A visitação e o Magnificat”.
v  Na visitação, Isabel, a prima de Maria, exulta de alegria no Espírito Santo, e proclama quão bendita é Maria, e quão bendito é o fruto do seu ventre. De fato, Maria leva em seu ventre a maior bênção que Deus dará ao mundo. E Maria, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo que inspirou Isabel, vai louvar a Deus, que fez nela maravilhas. Mas ela não vai evocar no Magnificat somente o grande acontecimento que é a maternidade divina, mas todas as maravilhas que Deus realizará através dela, em todas as gerações que virão. A presteza de Maria, em visitar Isabel é física, cronológica, pois realmente o termo hebraico significa “apressadamente”. Mas tal diligência e disponibilidade não nascem de um simples desejo humano de ajudar a prima numa necessidade, nem de dúvidas acerca do que Deus lhe tinha revelado pelo anjo, mas de uma grande disponibilidade de espírito, conseqüência da alegria que lhe proporcionou sua vocação, de esperança que transborda de sua alma.  Maria não foi para checar o sinal, mas para contemplá-lo. Só que, chegando lá, ela própria criou um novo sinal: ” ...a criança estremeceu no seu seio e  Isabel  ficou cheia do Espírito Santo”.        
A saudação de Maria provoca o sinal preparado por Deus: o movimento natural da criança no seio de sua mãe converte-se em sinal de grande alegria e simpatia, suscitado pelo ENCONTRO. E a paz que Maria anuncia irrompe sobre Isabel e sobre a vida que se move no seio da anciã. E Maria, então, contempla o sinal de Deus: a vida que leva em seu seio é portadora de alegria escatológica e de paz. Maria evangeliza com a sua presença.  O encontro com Maria fez com que Isabel ficasse cheia do Espírito Santo e profetizasse. O Espírito de profecia acontece com Ela numa antecipação do que iria acontecer em Pentecostes algum tempo depois: a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos.  Proclama que Deus abençoou o seio de Maria tornando-o prodigiosamente fecundo, reconhece que Maria é autêntica Mãe do Messias, e profetiza a bem-aventurança que Jesus vai proclamar futuramente Lc 11,28. Sobre aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam (...feliz és tu que acreditastes...). Sobre Isabel repousa a paz de Maria.
O Magnificat, desde o século I que a Igreja reza com este cântico na sua liturgia, proclamando por um lado a história da Salvação realizada em Israel e por outro a obra efetuada por Deus através da maternidade de Maria.
Percebe-se assim, que a Comunidade cristã, desde o início, já vê Maria como modelo e figura da Igreja, reconhecendo que verá acontecer em si o que ocorreu a Maria, tanto que Santo Irineu diz: “Maria, cheia de alegria, exclama profetizando a Igreja: minha alma engrandece ao Senhor”.  Em seu cântico, Maria representa Israel, para quem se cumpriram as promessas da salvação. Maria recolhe os anseios de todo o AT, que se alegre pela Salvação futura. Em seu louvor está incluída a atitude de todos aqueles que experimentaram a satisfação pela intervenção de Deus ao mandar o Messias. No louvor de Maria está condensado o louvor da Igreja. O Magnificat não pode ser compreendido sem Maria, tampouco sem a Igreja, pois ele não expressa apenas os sentimentos de Maria, mas também os sentimentos da Comunidade cristã que experimentou a vitória de Deus sobre a morte de Jesus na Ressurreição. A fé da Igreja se manifesta neste cântico, saído da fé profunda de Maria na VISITAÇÃO. Aquilo que desde a Anunciação permanecia oculto na profundidade da obediência à fé, manifesta-se agora claramente, como uma chama vivificante do Espírito. As palavras usadas por Maria no umbral da casa de Isabel, que nos fazem vislumbrar sua experiência pessoal e êxtase de seu coração, constituem uma inspirada profissão de fé, na qual a resposta à palavra da Revelação se expressa com a elevação espiritual e poética de todo o seu ser a Deus. Mas o Magnificat propõe à Igreja a melhor resposta humana que se pode dar à proposta de Deus. Ao identificarmo-nos com os sentimentos de Maria, chegamos à verdade sobre Deus, sobre nós, sobre os outros, sobre o mundo... Entendemos que a verdade de Deus (a única verdade) não é uma verdade teórica, mas histórica, uma verdade que acontece, que se realiza e nos realiza. Maria é a primeira testemunha da maravilhosa verdade sobre Deus, que se realizará plenamente mediante o que fez e ensinou Seu Filho, e definitivamente, mediante Sua Cruz e Ressurreição. Maria é a primeira testemunha da verdade sobre o homem, porque anuncia o amor misericordioso de Deus por ele. O Deus do Magnificat, o verdadeiro Deus, se derrama totalmente sobre o homem, especialmente sobre os mais necessitados, tanto física, como psicologicamente e espiritualmente. O Magnificat é assim o modelo acabado de oração e de vida no Espírito.


     Reza-se uma Salve Rainha.
                                   Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, ...
  
         Oração de Nossa Senhora da Anunciação
v  Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada! Ó Maria, crestes na mensagem divina e em vós se cumpriram grandes coisas, como vos fora anunciado. Maria eu vos louvo! Crestes na encarnação do Filho de Deus no vosso seio virginal e vos tornastes Mãe de Deus. Que possamos comunicar com a nossa vida a mensagem de Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida da humanidade. 

v  Nossa Senhora da Anunciação Rogai por nós e dai-nos a graça de anunciar Jesus, Senhor e Salvador de nossas vidas!